domingo, 16 de janeiro de 2011

SONETO

O soneto é um cântico sintético à perfeição. Pois ao mesmo tempo em que é infinitamente abrangente em seu alcance, é tambem compacto justo e exato em sua forma.

sábado, 15 de janeiro de 2011

POLUÇÃO NOTURNA

Tateando, alcanço o seu topo.
Pouco, pouco pro que posso.
Roço, no centro do seu corpo
torpo, quase não desenrosco.

Te embosco e busco ser notado.
Ignorado, volto ao obscuro.
Juro. Puro como um anjo.
Arranjo uma fresta, um furo.

Ávido, busco tuas mãos
Em vão. Não, elas não vêm!!
Tambem te busco pelo sonho.
E sonho, indo um pouco alem.

Porem acordo estremecido.
Embebido pelo suor da lida
Na ida, na volta, no retorno.
Neste forno, que me aquece a vida.

De manhã, o sonho acabou.
Restou a mancha na coberta
Que esperta, voa para o tanque
Arranque logo!! esta prova certa!!!...

NÃO ME DEIXE

REFRÃO:
Pise no meu pé
Prenda a minha mão
Faça o que quiser
Mas não me deixe no salão.(2 vezes)


Morena eu tô aqui olhando
Você requebrando
Chamando a atenção
Com esse vestido colado
Todinho suado
Quanta tentação..!!!

Marmanjo se babando todo
Vou pedir um rodo
Pra limpar o chão
E o sangue vai subindo aos poucos
E eu vou ficando louco de tanto tesão


Pise no meu pé
Prenda a minha mão
Faça o que quiser
Mas não me deixe no salão(2 vezes)


Sempre que você vai embora
A galera chora com a solidão
Causando engarrafamento
Levando tormento pra população

Sem ela eu sou um fracasso
Não acerto um passo
Não saio do chão
Bate em mim logo um vazio
Eu tremo de frio.
Que desilusão!!!


Pise no meu pé
Prenda a minha mão
Faça o que quiser
Mas não me deixe no salão(2 vezes).

SEM RAZÃO

Feche seus olhos e me imagine ai
Você vai ver que eu estarei
O que quiser você vai conseguir
Pense no quanto que lhe amei

REFRÃO: Volte no tempo um pouco
E sinta o que perdemos
Eu perdi você. Você me perdeu.

Quem nunca amou é quem sempre lhe diz
Que não devia mais voltar
Se nunca amou, sempre foi infeliz
E que conselhos pode dar?

Volte no tempo um pouco
E sinta o que perdemos
Eu perdi você. Você me perdeu

Só o ciume sem razão
Pode acabar com uma paixão
Pense um pouco mais em nós.

Perdemos tempo dando explicações
Mas esquecemos de dizer
Outras pessoas não tem as razões
Que temos, nem precisam ter

Volte no tempo um pouco
E sinta o que perdemos
Eu perdi você. Você me perdeu

Só o ciume sem razão
Pode acabar com uma paixão
Pense um pouco mais em nós
Não é bom ficarmos sós.

RECADO

Um velho sentado na ponta da feira
Com voz sorrateira cantava poesia
Falava da vida, das coisas do mundo
Suspirava fundo enquanto engolia
Um gole de suco e um pão amassado
Já muito cansado mas se recusou
Parar um instante com aquela cantiga
É bom que eu lhe diga quem fui e quem sou

Já fui muito rico, já tive fazendas
Fazia encomendas de muitas boiadas
Com muito dinheiro e poucas amizades
Fazia maldades por várias noitadas
Numa dessas farras encontrei um velhinho
Que com muito carinho me disse em voz séria
Com muita firmeza me apontando o dedo
Me disse: bem cedo estará na miséria

Não é que eu deseje que isso aconteça
Mas sua cabeça é sempre o seu guia
Seu modo de agir é o que eu mais critico
Não será mais rico dentro de alguns dias
Eu não dei ouvidos às palavras do velho
Não era um conselho que ia me deter
No dia seguinte minha vida mudou
A saúde acabou, comecei a sofrer

Perdi o que tinha com meu tratamento
Em algum momento desejei morrer
A vida sem posses não tinha sentido
Me vi sucumbido sem querer viver
Quando já sem nada e vivendo na rua
Numa noite a lua me trouxe a lembrança
Daquele velhinho e das coisa que disse
Se hoje eu o visse, teria esperança

Pois eis que do nada, surge em minha frente
Todo sorridente, o velhinho de outrora
Ele me acalmava com a voz bem polida
Dizendo que a vida começava agora
Disse ser um anjo por Deus enviado
Pra dar um recado que eu não quis ouvir
Então o sofrimento era a única saída
Para a minha vida eu reconstruir

Aquelas palavras calaram bem fundo
Que as coisas do mundo na vida de alguém
É Deus operando na diversidade
E só com humildade, é que a vitória vem
Você que não esquece de louvar ao Pai
Com certeza vai se dar bem na vida
Será abençoado vivendo a verdade
E a felicidade será conseguida.

VIDA PLENA

Quando toda humanidade
Viver em Jesus
Pensar mais no irmão que sofre
E carece de luz

Todos os poderes
Se concentrarão
E os caminhos, estarão todos livres
Para a salvação

REFRÃO:(2vezes)

Então o mundo irá saber
Que Deus
Não nos deixará
E a vida, sob a luz do Espírito Santo,
Para a Glória seguirá

Ver irmãos felizes
Na graça de Deus
Todos prosperando juntos
São os sonhos meus

Não pouparei forças
Semeando a paz
Colheremos vida plena
Que só Jesus traz.

REFRÃO:(2 vezes)

CIDADÃO

Ignoro você.
Um ser resignado, curvado, levado em toda direção.
Não admito ser.
Um você condenado, sem nem ser julgado, sem crime ou perdão.
Um você não vou ser.
Sempre um ser conformado, domado, pisado e sem dizer não.
Que ser é você?
Que distante e calado, parece prostrado. Sem Céu e sem chão.
O que quero dizer.
É que fico irritado, com o resultado dessa equação.
É o que me faz crer.
Que gente nesse estado, quando confrontado, é só decepção.
É fácil perceber.
Que você tem estado, mais desacordado, que de prontidão.
E nunca vai colher.
O melhor resultado, do fruto plantado, chamado Nação.
Nunca pagou pra ver.
O suor derramado, o sangue jorrado como um ribeirão.
Que lutou por você.
Que paralisado, dopado, espera sentado, estendendo a mão.
Essa mão à mercê
De qualquer um bocado, doado, mandado fruto de uma ação.
Que tenta reverter.
Um ser ultrapassado, ilhado, pisado transformado em cão.
E nem tente esquecer.
Vai ser sempre lembrado, cobrado, chamado por algum clarão
Que prefere acender.
E está ao seu lado, ligado, focado no alvo razão.
E se quiser vai ver.
Mesmo desacordado, como tem estado, largado e em vão
E comece a correr.
Livre e recuperado, um ser libertado, aclamado como cidadão.

CONEXÃO

CONEXÃO





Ah! essa voz rouca,

Quase inaudível,
Que penetra impune,

Que se instala inerte,

Que desce aos confins

De minha alma frágil...





Ah! esse grito manso

Que incompreensível e

Que me rasga as vísceras,

Que invade impávido, e

Que embora invisível

Rompe minhas entranhas...





Ah! esse silêncio incômodo

Que não me diz nada

Que eu não queira ouvir.

Que me diz tudo

Que inquieta o corpo,

Que umedece os olhos...





Ah! esse suspiro longo,

Que põe fim às dúvidas.

Que preenche espaços,

Que transpira um corpo

Que transborda em gozo

Que... que... que...

MOSAICO

Recolhendo os cacos do passado
E juntando-os no chão à minha frente.
Recomecei colando novamente
Meu mosaico de vida inacabado.

Espaços com vestuários descartados,
Remanescentes de outras silhouetas,
Disputava no fundo das gavetas
Meu diário, outrora bem cuidado.

Mas hoje, livre de fardos e embaraços
Surge alguem que me estende os braços
E me accolhe, como que a dizer:

Vem! Olha! Levanta! Anda!
Toma! Do alto alguem lhe manda
Uma vida que acena pra você.

FILHA

Vaga vida que sonífera ia
Esgueirando-se por entre obstáculos.
Muito aquem de qualquer possível cáculo
Lentamente do mundo se esvaía.

Até que de súbito me surgia
Esse anjo mensageiro da vida.
Trouxe a minha que já quase perdida,
Junto à sua que apenas se inicia.

E por mais que eu imaginasse um dia
Pudesse vir a sentir alegria,
Não pensei em dose tão generosa.

Hoje entendo porque alguns passarinhos
Arriscam-se pousando entre espinhos.
É que ali pode nascer uma rosa.

Solidão

SOLIDÃO.


De manhã, frio inverno.
De tarde, calor eterno.
E denoite, "um inferno"!!!