quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

MACIEZ

Nem as nuvens que voam no espaço
Exibindo mil formas em um segundo
Nem todas as espumas desse mundo
Tem a maciez que tem os seus braços

Teus beijos, envoltos em teus abraços
São carícias, qual pétala em teimosia
Tuas mãos são igualmente macias
À respiração de um bebê em cansaço

E eu, teu eterno e bom palhaço
Passo os dias a juntar pedaços
Procurando de todas as maneiras

O teu cheiro, que não encontro mais
És clarão de velas em castiçais
És calmante de chá de erva sidreira.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

AVISO

Era algo tão forte e tão constante
Que abri mão de lutar. É. Eu desistí
Olhei todos os lados e em nenhum vi
Alívio que fosse ao menos um instante

Sabia que não podria seguir adiante
Sabia muitas coisas ou nada sabia
Naquele momento só o que eu sentia
Era uma dor profunda e lascinante

Mas no meio desse meu sofrimento
Pude perceber por um momento
Que Deus tentava dar-me um aviso

Que a dor era um estágio de vida
Para que seja plenamente vivida
Até o sofrimento, às vezes é preciso

DELIRIOS

Sou aquele que te abraça e te cultua
Que apenas deliria com a possibilidade
De algum dia, em algum canto da cidade
ganhar, quem sabe, uma "piscadinha" tua.

Em meus sonhos, chego a te ver nua
Até arrisco algumas sutis intimidades
Não importa que achem isso insanidade
Um dia, alguem sonhou indo até a Lua.

E embora acorde sempre bem tristonho
Pior seria não lembrar ou não ter sonho
Não usufruir sequer do direito à fantasia

Sonhando, alimento os meus instintos
Que continuam firmes, embora famintos
Quem sabe não se fartem ainda um dia...

domingo, 13 de novembro de 2011

Rocinha

Tá.
Então a polícia do Rio, que durante décadas viu crescer e se organizar o tráfico na rocinha e em todo o Rio, muitos de seus membros até se associaram a esse mesmo tráfico, sem que nada fosse feito, de repente, num ato de heroismo, invade um território que tem mais de cinco mil marginais fortemente armados, não dispara um só tiro, não prende ninguem e conta vitória.
Perguntas: Qual foi a mágica? Se é tão simples porque demorou tanto para acontecer?
Ah, e para onde foi todo esse contingente de bandidos que mandava na favela??
Mais: Como ninguem os viu figindo?
O aviso antecipado da tomada da favela foi para que os marginais se retirassem sem serem "importuinados"??
Tudo é muito estranho...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

AFLUENTE DO AMOR

Um rio sereno
que em meu chão passou
de aguas pardas e fartas
e por molhar, pecou

Afluente do amor
de um coração abortado
que em mar dúbio desagua
e fica com leito pálido

Cachoeira no mar
cascatas de muitas aguas
cacimba rasa a jorrar
pingos de amor e de magoa

O meu coração desagua
regando assim, teu pomar
rosas vermelhas se abrem
perfumes vão exalar

É infinito sonhar
É infinito demais
Que bom pudesse molhar
Do mundo, todos os quintais.

CONEXÃO

Ah! essa voz rouca,
Quase inaudível,
Que penetra impune,
Que se instala inerte,
Que desce aos confins
De minha alma frágil...

Ah! esse grito manso
Que incompreensível e
Que me rasga as vísceras,
Que invade impávido, e
Que embora invisível
Rompe minhas entranhas...

Ah! esse silêncio incômodo
Que não me diz nada
Que eu não queira ouvir.
Que me diz tudo
Que inquieta o corpo,
Que umedece os olhos...

Ah! esse suspiro longo,
Que põe fim às dúvidas.
Que preenche espaços,
Que transpira um corpo
Que transborda em gozo
Que nem sei mais de nada...

SONHOS

Andando na rua
Na minha ou na sua
Natureza morta
Nada acontecia
Nem noite nem dia
Até que sua porta

Aos poucos se abria
E me oferecia
Um sopro de vida
Horizonte imenso
Um jardim suspenso
De luz colorida

Já envolto de tudo
Boquiaberto e mudo
Tomado de encanto
Em doces momentos
De mil movimentos
Sob um lindo manto

Não, eu não sabia
Que amanhecia
E o sol apagava
A mágica do escuro
Se soubesse eu juro
Que não acordava

Voltarei ao mundo
Do sono profundo
De eterna magia
Carícias de açoite
Deixadas na noite
Da minha euforia.

sábado, 22 de outubro de 2011

CONSCIÊNCIA

As palavras perdem-se no ostracismo
Todas as promessas voam vento a fora
Votemos, sim! Mas a partir de agora
Tomemos mais cuidado pois o abismo

Ronda nossa área, quase toda hora
E patifes, tomados de cinismo
Confiantes de que o radicalismo
Da mente dos jovens já foi embora

Contudo, o poder de nós emana
E quem não pensa assim, muito se engana
E surpresa poderá ter em breve.

Basta para isso, que sejamos fortes
Sendo agentes de nossa própria sorte
Diremos sim, quem serve ou não serve.

CHEGA!!!

Ontem, denovo, ao passar pela praça
Voltei a sentir as mesmas sensações
Meu coração encheu-se de emoções
Como a vida nos dá e tira as graças!!

Então, por mais esforços que eu faça
Precipito sempre, as decisões
E me desmonto quando as ilusões
Queima-me por dentro, feito cachaça.

Decidi não mais lembrar desse assunto
Pra quê? se já não mais estamos juntos?
Voltar ao pasado é não ter futuro..

E eu, claro. Quero é bem viver a vida
E essa pessoa triste e tão sofrida
Morre aqui agora. Isso eu lhe juro!!

MÁGOAS

Quantas mágoas no peito, quanto espaço
Amplamente ocupado. Disperdício!
porque tanto insistimos nesse vício
De manter e não descartar fracassos?

Por mais que estes nos causem embaraços
sempre lhes dedicamos sacrifícioS
Em nossas mentes há sempre uns indícios
De algo ou de alguem que nos tolhe os passos

É como guardar, que fere, um sapato
Apenas ou até pelo simples fato
De este ter lhe custado caro um dia

Não lhe trará de volta o investimento
Trar-lhe-á, sim, muito mais sofrimento
Calçar ou lembrar, revive a agonia.

VENTO

Vento que voa, vai, vem e varre
Mesmo vento que leva a juvntude
Embora leve e traga, e às vezes mude
Não há muro que a sua força esbarre

Quero lhe pedir que quando voltares
Devolva-me os sonhos de criança
Ah, quero tambem toda a esperança
Que ondas levaram aos fundos dos mares

Que tragas tambem minha mãe quarida
Que um dia se foi no frescor da vida
Ela me faz muita falta. De verdade!

Caso não me atendas, até entendo.
Uma coisa apenas, não compreendo
Porque insiste em trazar tanta saudade...

domingo, 18 de setembro de 2011

PALAVRAS

Tento fazer um verso em que manobro
As palavras como úteis ferramentas
Mas elas são rebeldes. São marrentas
Não aceitam o que digo e me desdobro

Autoridade com elas , eu me cobro
Que aceitem as palavras que sugiro
Inútil! Não se aceitam e eu as retiro
Vejo que no processo, eu é que sobro

Acho até que alguem já disse um dia
Que as palavras tem sua autonomia
E não aceitam qualquer imposição

São elas que ditam o ritimo do poema
E sem cerimônia, ou qualquer problema
Abrem trilhas próprias na composição

sábado, 17 de setembro de 2011

VAZIO

Olhei, você me olhou. nos entrolhamos
E distarçamos. Fingimos nada ver
Apesar de mútua, a chama do querer
Por mais de um segundo nos ignoramos

Simultaneamente, de novo nos achamos
Querendo juntos, da mesma fonte beber
Toda aquela simetria nos levou a crer
Que o amor de nossas vidas encontramos.

E quantas vezes mais, disso recordamos
Sempre em frente, nossas vidas focamos
Sem jamais vir a pensar em despedida

Mas ontem, eis que de viver ela desiste
E de muito feliz, virei um homem triste
Próximo de não mais ter o gosto pela vida

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

PESADELO

foi devastadora demais a sensação
De vazio que me abateu naquela hora
Vi que ela insensível ia embora
E eu, arrasado, exposto à solidão.

Uma vida de sonhos estava ao chão
E seu cheiro dissipava mundo a fora
Nem imagino o que será de mim agora
Se sei viver sem ela? Claro que não!!

Felizmente acabo de acordar
E ela sequer precisou voltar
Visto que solene, dorme ao lado

Que sonho terrível e descacabido
Se soubesse nem teria dormido
Não merece sequer ser relembrado

HINO DE INGAZEIRAS

Encravada às margens do Salgado
A bronzear-se ao sol do Ceará
Enquanto expõe o que de mais lindo há
Repousa esbelte, seu corpo torneado.

Emoldurada, tal qual obra de arte
Que alimenta olhos desejosos.
Os seus filhos, guerreiros corajosos
Triunfantes, estão em toda parte.

Seus encantos não conhecem fronteiras.
O que nos faz indagar se Ingazeiras
Não teria sido o berço de Jesus?

Sim! E não pense que é nenhum exagero.
Pois não existe lugar no mundo inteiro
Onde se possa dispor de tanta luz.

segunda-feira, 28 de março de 2011

NÃO SABE FICAR CALADO...

Dois amigos conversavam, quando, depois da segunda, terceira, quarta, décima cerveja, Carlos desabafa:

- Sabe Beto tô me separando, descobri uns lances estranhos e acabei Com tudo... Quase deu morte. Tô na fase da divisão dos bens. Tá foda! Pô, cara, é foda mesmo! Tô meio puto, mas agora vou organizar minha vida de forma diferente.

- Mas, Carlos, sabe de uma coisa? Foi bem melhor mesmo!
Tua mulher tava dando pra todo mundo e os caras que comeram ela, disseram que ela é mais devassa que a imperatriz Teodósia de Bizâncio, aquela que gostava de ser comida por três escravos núbios ao mesmo tempo.

- Caralho, Beto! Eu me separei foi do meu sócio, porra!!!






"Silêncio TOTAL"...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

CIDADÃO

Ignoro você.
Um ser resignado, curvado, levado em toda direção.
Não admito ser
Um você condenado, sem nem ser julgado, sem crime ou perdão.
Um você não vou ser.
Sempre um ser conformado, domado, pisado e sem dizer não.
Que ser é você?
Que distante e calado, parece prostado. Sem Céu e sem chão.

O que quero dizer
É que fico irritado com o resultado dessa equação.
É o que me crer
Que um ser nesse estado, quando confrontado, é só decepção.
É fácil perceber
Que você tem estado mais desacordado que de prontidão.
Que é difícil colher
O melhor resultado do fruto plantado, chamado razão.

Nunca pagou pra ver
O suor derramado, o sangue jorrado como um ribeirão.
Que lutou por você
Que paralisado, dopado, espera sentado, estendendo a mão.
Essa mão à mercê
De qualquer um bocado doado, mandado, fruto de uma ação.
Que tenta reverter
Um ser ultrapassado, ilhado, pisado, transformado em cão.

E nem tente esquecer.
Vai ser sempre lembrado, cobrado e chamado por algum clarão.
Que prefere acender
E estar ao seu lado, ligado, focado no alvo Nação.
E se quiser vai ver
Mesmo desacordado, como tem ficado, largado e em vão.
E comece a correr
Livre e recuperado, um ser libertado, aclamado como um cidadão.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vaidade pode levar à morte

Dizem que quando se está em estado de COMA, tem-se uma visão tanto de quem está fisicamente ao nosso lado, ou seja: Sabe-se de tudo o que ocorre em volta, como tambem se tem uma visão plena do outro lado. Quer dizer, Tanto podemos ver quem está na terra quanto quem está no ceu, por exemplo.
Pois bem. Uma mulher de meia idade sofreu um acidente e entrou em estado de coma. Durante esse periodo, pode ver e conversar com Deus, a quem ela perguntou:
- Senhor, não acho justo eu tão nova ainda e já morrer. Quer dizer, já está a caminho do ceu.
Deus pediu um momento. Folheou um livro enorme que estava ao seu lado e respondeu:
- Minha filha, pelo que vejo aqui, você ainda não está, digamos assim, "pedida". Isso quer dizer que vai sarar e voltar a viver sua vida na terra normalmente. Claro, se se cuidar...
A mulher entendeu que aquele "SE CUIDAR" era dar uma repaginada. Aproveitou que já estava no hospital e mandou fazer lipo, mexeu no nariz, sobrancelhas, papada, olhos, orelhas, tudo. Realinhou tudo o que se encontrava já um tanto desgastado. Ficou, como ela mesma definiu para o espelho, M A R A V I L H O O O O O O O O O O O O O S A!!!
Ficou mais alguns dias em recuperação e, finalmente, recebeu alta. Despediu-se dos médicos, enfermeiros, dos demais pacientes e dirigiu-se a um ponto de taxi que havia do outro lado da rua.
Ao atravessar, vem um bêbado dirigindo em alta velocidade e PUMBA!!!
Jogou a longe.
Resultado. Ela teve morte intantanea. Chegou no Ceu revoltadíssima e foi logo cobrar satisfação de Deus.
- Deus, que que há??? O senhor me garantiu que eu viveria muito ainda. Eu me preparo para isso. E logo em seguida me tira a vida?? Como posso acreditar em suas palavras??
Deus põe a mão no queixo e abismado, responde.
MENINA!!! NÃO TE RECONHECI...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

VERSOS VERBAIS

Voltar é morrer!
É querer sofrer!
É retroceder!
Se é reviver,
É bem mais não ter
O que à frente ver...

domingo, 16 de janeiro de 2011

SONETO

O soneto é um cântico sintético à perfeição. Pois ao mesmo tempo em que é infinitamente abrangente em seu alcance, é tambem compacto justo e exato em sua forma.

sábado, 15 de janeiro de 2011

POLUÇÃO NOTURNA

Tateando, alcanço o seu topo.
Pouco, pouco pro que posso.
Roço, no centro do seu corpo
torpo, quase não desenrosco.

Te embosco e busco ser notado.
Ignorado, volto ao obscuro.
Juro. Puro como um anjo.
Arranjo uma fresta, um furo.

Ávido, busco tuas mãos
Em vão. Não, elas não vêm!!
Tambem te busco pelo sonho.
E sonho, indo um pouco alem.

Porem acordo estremecido.
Embebido pelo suor da lida
Na ida, na volta, no retorno.
Neste forno, que me aquece a vida.

De manhã, o sonho acabou.
Restou a mancha na coberta
Que esperta, voa para o tanque
Arranque logo!! esta prova certa!!!...

NÃO ME DEIXE

REFRÃO:
Pise no meu pé
Prenda a minha mão
Faça o que quiser
Mas não me deixe no salão.(2 vezes)


Morena eu tô aqui olhando
Você requebrando
Chamando a atenção
Com esse vestido colado
Todinho suado
Quanta tentação..!!!

Marmanjo se babando todo
Vou pedir um rodo
Pra limpar o chão
E o sangue vai subindo aos poucos
E eu vou ficando louco de tanto tesão


Pise no meu pé
Prenda a minha mão
Faça o que quiser
Mas não me deixe no salão(2 vezes)


Sempre que você vai embora
A galera chora com a solidão
Causando engarrafamento
Levando tormento pra população

Sem ela eu sou um fracasso
Não acerto um passo
Não saio do chão
Bate em mim logo um vazio
Eu tremo de frio.
Que desilusão!!!


Pise no meu pé
Prenda a minha mão
Faça o que quiser
Mas não me deixe no salão(2 vezes).

SEM RAZÃO

Feche seus olhos e me imagine ai
Você vai ver que eu estarei
O que quiser você vai conseguir
Pense no quanto que lhe amei

REFRÃO: Volte no tempo um pouco
E sinta o que perdemos
Eu perdi você. Você me perdeu.

Quem nunca amou é quem sempre lhe diz
Que não devia mais voltar
Se nunca amou, sempre foi infeliz
E que conselhos pode dar?

Volte no tempo um pouco
E sinta o que perdemos
Eu perdi você. Você me perdeu

Só o ciume sem razão
Pode acabar com uma paixão
Pense um pouco mais em nós.

Perdemos tempo dando explicações
Mas esquecemos de dizer
Outras pessoas não tem as razões
Que temos, nem precisam ter

Volte no tempo um pouco
E sinta o que perdemos
Eu perdi você. Você me perdeu

Só o ciume sem razão
Pode acabar com uma paixão
Pense um pouco mais em nós
Não é bom ficarmos sós.

RECADO

Um velho sentado na ponta da feira
Com voz sorrateira cantava poesia
Falava da vida, das coisas do mundo
Suspirava fundo enquanto engolia
Um gole de suco e um pão amassado
Já muito cansado mas se recusou
Parar um instante com aquela cantiga
É bom que eu lhe diga quem fui e quem sou

Já fui muito rico, já tive fazendas
Fazia encomendas de muitas boiadas
Com muito dinheiro e poucas amizades
Fazia maldades por várias noitadas
Numa dessas farras encontrei um velhinho
Que com muito carinho me disse em voz séria
Com muita firmeza me apontando o dedo
Me disse: bem cedo estará na miséria

Não é que eu deseje que isso aconteça
Mas sua cabeça é sempre o seu guia
Seu modo de agir é o que eu mais critico
Não será mais rico dentro de alguns dias
Eu não dei ouvidos às palavras do velho
Não era um conselho que ia me deter
No dia seguinte minha vida mudou
A saúde acabou, comecei a sofrer

Perdi o que tinha com meu tratamento
Em algum momento desejei morrer
A vida sem posses não tinha sentido
Me vi sucumbido sem querer viver
Quando já sem nada e vivendo na rua
Numa noite a lua me trouxe a lembrança
Daquele velhinho e das coisa que disse
Se hoje eu o visse, teria esperança

Pois eis que do nada, surge em minha frente
Todo sorridente, o velhinho de outrora
Ele me acalmava com a voz bem polida
Dizendo que a vida começava agora
Disse ser um anjo por Deus enviado
Pra dar um recado que eu não quis ouvir
Então o sofrimento era a única saída
Para a minha vida eu reconstruir

Aquelas palavras calaram bem fundo
Que as coisas do mundo na vida de alguém
É Deus operando na diversidade
E só com humildade, é que a vitória vem
Você que não esquece de louvar ao Pai
Com certeza vai se dar bem na vida
Será abençoado vivendo a verdade
E a felicidade será conseguida.

VIDA PLENA

Quando toda humanidade
Viver em Jesus
Pensar mais no irmão que sofre
E carece de luz

Todos os poderes
Se concentrarão
E os caminhos, estarão todos livres
Para a salvação

REFRÃO:(2vezes)

Então o mundo irá saber
Que Deus
Não nos deixará
E a vida, sob a luz do Espírito Santo,
Para a Glória seguirá

Ver irmãos felizes
Na graça de Deus
Todos prosperando juntos
São os sonhos meus

Não pouparei forças
Semeando a paz
Colheremos vida plena
Que só Jesus traz.

REFRÃO:(2 vezes)

CIDADÃO

Ignoro você.
Um ser resignado, curvado, levado em toda direção.
Não admito ser.
Um você condenado, sem nem ser julgado, sem crime ou perdão.
Um você não vou ser.
Sempre um ser conformado, domado, pisado e sem dizer não.
Que ser é você?
Que distante e calado, parece prostrado. Sem Céu e sem chão.
O que quero dizer.
É que fico irritado, com o resultado dessa equação.
É o que me faz crer.
Que gente nesse estado, quando confrontado, é só decepção.
É fácil perceber.
Que você tem estado, mais desacordado, que de prontidão.
E nunca vai colher.
O melhor resultado, do fruto plantado, chamado Nação.
Nunca pagou pra ver.
O suor derramado, o sangue jorrado como um ribeirão.
Que lutou por você.
Que paralisado, dopado, espera sentado, estendendo a mão.
Essa mão à mercê
De qualquer um bocado, doado, mandado fruto de uma ação.
Que tenta reverter.
Um ser ultrapassado, ilhado, pisado transformado em cão.
E nem tente esquecer.
Vai ser sempre lembrado, cobrado, chamado por algum clarão
Que prefere acender.
E está ao seu lado, ligado, focado no alvo razão.
E se quiser vai ver.
Mesmo desacordado, como tem estado, largado e em vão
E comece a correr.
Livre e recuperado, um ser libertado, aclamado como cidadão.

CONEXÃO

CONEXÃO





Ah! essa voz rouca,

Quase inaudível,
Que penetra impune,

Que se instala inerte,

Que desce aos confins

De minha alma frágil...





Ah! esse grito manso

Que incompreensível e

Que me rasga as vísceras,

Que invade impávido, e

Que embora invisível

Rompe minhas entranhas...





Ah! esse silêncio incômodo

Que não me diz nada

Que eu não queira ouvir.

Que me diz tudo

Que inquieta o corpo,

Que umedece os olhos...





Ah! esse suspiro longo,

Que põe fim às dúvidas.

Que preenche espaços,

Que transpira um corpo

Que transborda em gozo

Que... que... que...

MOSAICO

Recolhendo os cacos do passado
E juntando-os no chão à minha frente.
Recomecei colando novamente
Meu mosaico de vida inacabado.

Espaços com vestuários descartados,
Remanescentes de outras silhouetas,
Disputava no fundo das gavetas
Meu diário, outrora bem cuidado.

Mas hoje, livre de fardos e embaraços
Surge alguem que me estende os braços
E me accolhe, como que a dizer:

Vem! Olha! Levanta! Anda!
Toma! Do alto alguem lhe manda
Uma vida que acena pra você.

FILHA

Vaga vida que sonífera ia
Esgueirando-se por entre obstáculos.
Muito aquem de qualquer possível cáculo
Lentamente do mundo se esvaía.

Até que de súbito me surgia
Esse anjo mensageiro da vida.
Trouxe a minha que já quase perdida,
Junto à sua que apenas se inicia.

E por mais que eu imaginasse um dia
Pudesse vir a sentir alegria,
Não pensei em dose tão generosa.

Hoje entendo porque alguns passarinhos
Arriscam-se pousando entre espinhos.
É que ali pode nascer uma rosa.

Solidão

SOLIDÃO.


De manhã, frio inverno.
De tarde, calor eterno.
E denoite, "um inferno"!!!